segunda-feira, 10 de maio de 2010

Roucos, Grandes, Intelectuais...Não interessa.

Penso para mim do nada,
de uma mente imprisionada,
e livre.
Sem rimas neste verso, era
suposto mais uma vez contar,
contar história contada,
de verso longo e curto,
rimada e não rimada.

Estranho em corpo imprisionado,
e livre.
Sinto-me, com e sem história, selado.
Dei conta da realidade com e sem prisões,
a fantasiar.

Entrar em cabeças, não autorizado,
formada de peças, cria complicações.
Egoismo ver só o que vejo e
não partilhar,as minhas visões.

Vejo cabeça oca, com voz rouca,
inocente, sem noções.
Vejo cabeça cheia, com voz grande,
alerta,mas com contradições e indecisões.
Vejo cabeça culta, com voz intelectual,
sábia, com filosofias e percepções.

Assustadora liberdade de pensamento,
de ver como o outro vê e não vê.
Assustador o imprisionamento,
de um pensamento pensado ,
por outra cabeça,
outrora julgado,
com indifrença, não valorizado.
Pensantes roucos,
pensantes grandes,
pensantes intelectuais.
Qual deles és?
Não interessa,
pois pensas.
Não interessa,
como,
onde,
quando,
com quem.

Como pensante de intelecto,
este poema eu escrevo.
Admito sem medo que por vezes,
sou grande e rouco.
Como intelecto,
palavras com relevo.
Como rouco,
palavras sem noção
Como grande,
palavras de contradição.

Com o meu senso comum,
uso o teu da tua cabeça,
para complementar o meu, que é livre.
Com os outros pensantes,
com as outras visões,
com os outros mundos,
faço com a minha cabeça
livre de sentença,
uma coisa simples...

...meros pensamentos.

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