quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Algo que só o presente mata...

Eu já não sei se sei algo,
Eu já não sei se sei se tenho,
Eu já não sei se sei se vejo.
Ter tenho e não tenho, ver algo é que já não sei se vejo,
Ver algo no meu futuro, nesse algo que não sei se vou ter.
Assustado com algo que não sei se tenho,
Guardo para mim o segredo que mais ninguém vê, nem mesmo tu cretino,
Agora fico á mercê deste contínuo e repentino destino,
Que nem ele mesmo sabe se algo tem.
No fim deste passado tempo,
No fim deste tempo presente,
Acaba-mos amanhã com o futuro,
O dia depois do presente já o contemplo.
Agora já sei que sei algo,
Agora já sei que sei que tenho,
Agora já sei que sei que vejo.
Ter agora, já tenho, agora sei que vejo sempre
Tenho algo que só vou parar de ter
Até o meu presente o dizer...
Esse algo que se chama, Novo Dia.