segunda-feira, 5 de abril de 2010

Meio-poema, a minha inteira verdade.

Às vezes, falamos algo a alguém com um significado, as pessoas entendem,ouvem, interpretam de uma maneira diferente, da qual era suposto entender. Tem vezes que entendemos só metade, sem termos conhecimento inteiro da outra metade, as duas metades, fazem a verdade. A minha, a tua, a nossa, a vossa, a de quem?
De uma meia-mensagem ouvida, fiz um poema inteiro, que para mim diz, a mesma ou diferente verdade, da vossa...ou talvez metade.

Dos meus poemas eu sei,
Dos meus poemas eu falo,
Falam do que interpretei,
Falam por mim quando calo.
Poetizam aquilo que sinto,
Senti e sentirei.

Meio-poema
existente,
Costumo dizer, quem cala,
consente.
Meia-palavra
existente,
Costumo pensar quem fala
diz “meiamente”,
involuntariamente,
Meia-verdade omitente.

A minha meia-verdade,
nao vem poeticamente.
Vem sim, verdadeiramente
de mim, pessoalmente.

Com meia-verdade,
vem meio-desentendimento,
vem meio-interpretamento,
Do teu ou meu inteiro,
pensamento?
Do teu ou meu inteiro,
conhecimento?
Do meu inteiro,sim,
sentimento...

Escrevo as minhas poesias,
com inteiro significado.
A mensagem que pensarias,
pode não ser a mesma que,
outrora haverias pensado.
A mensagem que pensarias,
pode não ser a mesma que,
tem verdadeiro significado.
Lêem as minhas poesias,
com o vosso significado dado.

Interpretação das minhas ,
palavras p’ra ti diferente.
P’ra mim, a minha verdade,
entendida na minha mente.
P’ra ti a tua verdade,
que a ti não te mente.

A minha inteira verdade,
é minha inteiramente.
A minha meia-verdade,
é de quem não sabe,
da outra meia realmente.