sábado, 27 de fevereiro de 2010

A saudade.

Não vás querer,
agora voltar atrás.


Lembro-me da nostalgia, do sorriso
esboçado, que deste.
No dia em que te voltas-te
para mim e disseste,
"Não vás..."


Com olhos de vidro
fixamente olhava,
A reacção do meu,
silêncio.
Não existe algo que
rime com este,
silêncio,
a não ser ele próprio.

O que rimava era
agora o sentimento,
que predominava em mim.
Era a repentina saudade,
que nesse momento crescia.
Antes de saber que depois,
aumentaria ainda mais,
no fim desse dia.


A saudade que por mim
vendada, corria,
cega sem saber por onde ia.
Menor se tornava,
de venda posta.
Maior era a quando,
ela tropeçava.
Nesses momentos,
eu lembrava.
As agonias que,
ela causava.

Agonia do dia, da frase,
"Não vás...".
Que me lembra saudade
depois do silêncio, quebrado.
"Eu partiria se este,
matasse aquilo que sinto..."

Mas mesmo se
aquele silêncio,
o fizesse.
Na mesma partiria,
com o sentimento que,
não fenece.


Vai-te embora saudade,
impertinente e cega.
Mas eu não quero ir,
nem quero que,tu vás.

Quando te voltares,
e fores,
Não vendes a saudade
que tu sentires.
Não o faças como fiz
para tentar esquecer,
aquilo que sinto.
Deixa-a ser livre e correr,
mesmo se tropeçar.


Pois da próxima vez,
que as palavras,
"Tive saudades tuas..."
os nossos lábios preencherem,
darão lugar ao Alívio
para compreender,
a Saudade que tive a ti,
outra vez de te ver.